CONCEITOS DE GENÉTICA E A DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE1,5
Figura adaptada de: Martinez ARM, Carvalho EHT, França MC Jr. Novos tratamentos em neurogenética: Nucleotídeos sintéticos, Terapia gênica e Edição genômica. In: Neurogenética na prática clínica, 1ª edição, Atheneu, 2018.
A genética da DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE 2,3,4,6,7,8
O gene relacionado com a distrofia muscular de Duchenne chama-se DMD e é responsável pela produção da proteína distrofina. Ele se localiza no braço curto do cromossomo X.
Figura adaptada de: National Center for Biotechnology Information, U.S. National Library of Medicine – NCBI’s Genome Decoration Page.
O gene DMD é um dos maiores genes humanos, e contém 79 éxons, conforme ilustrado na imagem abaixo:
Figura adaptada de: Muntoni F, Torelli S, Ferlini A. Dystrophin and mutations: one gene, several proteins, multiple phenotypes. Lancet Neurol 2003;2(12):731-40.
Diversos tipos de alteração no gene DMD podem levar à distrofia muscular de Duchenne. Na maioria dos pacientes, há uma grande deleção dentro do gene, isto é, um ou mais éxons estão faltando. Neste caso, a “receita” não consegue ser lida e a proteína não é produzida. Outros tipos de mutação encontrados são:
- Grandes duplicações – um ou mais éxons do gene DMD estão duplicados.
- Pequenas mutações ou mutações de ponto – Aqui não há deleções ou duplicações de éxons. Ocorrem, na verdade, pequenas alterações na estrutura de um dos éxons, mas que interferem na leitura da “sequência de informações” necessária para produzir a distrofina. Existem vários subtipos de mutações de ponto. O mais comum é a chamada mutação sem sentido, que interfere em estágios precoces do processo de produção da proteína.
Figura adaptada de: de Almeida PAD, et al. Genetic profile of Brazilian patients with dystrophinopathies. Clin Genet 2017;92(2):199-203.
REFERÊNCIAS
1 Martinez ARM, Carvalho EHT, França MC Jr. Novos tratamentos em neurogenética: Nucleotídeos sintéticos, Terapia gênica e Edição genômica. In: Neurogenética na prática clínica, 1ª edição, Atheneu, 2018.
2 National Center for Biotechnology Information, U.S National Library of Medicine – NCBI’s Genome Decoration Page.
3 Muntoni F, Torelli S, Ferlini A. Dystrophin and mutations: one gene, several proteins, mulltiple phenotypes. Lancet Neurol 2003;2(12): 731-40.
4 de Almeida PAD, et al. Genetic profile of Brazilian patients with dystrophinopathies. Clin Genet 2017;92(2):199-203.
5 Figura adaptada de: Martinez ARM, Carvalho EHT, França MC Jr. Novos tratamentos em neurogenética: Nucleotídeos sintéticos, Terapia gênica e Edição genômica. In: Neurogenética na prática clínica, 1ª edição, Atheneu, 2018.
6 Figura adaptada de: National Center for Biotechnology Information, U.S. National Library of Medicine – NCBI’s Genome Decoration Page.
7 Figura adaptada de: Muntoni F, Torelli S, Ferlini A. Dystrophin and mutations: one gene, several proteins, multiple phenotypes. Lancet Neurol 2003;2(12):731-40.
8 Figura adaptada de: de Almeida PAD, et al. Genetic profile of Brazilian patients with dystrophinopathies. Clin Genet 2017;92(2):199-203.
Conteúdo elaborado pelo
Prof. Dr. Marcondes C. França Jr.
CRM-SP 102.490
Departamento de Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas da
Universidade Estadual de Campinas (FCM – Unicamp)
Data: agosto/2020